quarta-feira, 12 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cidadania e Sustentabilidadde: qual o futuro que queremos?



Segue a redação de Rafael Rezende. Vejam que  uma das palavras que ele mais utiliza é educação. Guardada as suas devidas limitações, o texto ficou muito bom! 
“No mundo de hoje é de extrema importância conciliar a cidadania e a sustentabilidade. As pessoas não conseguem suprir suas necessidades com os recursos que lhes são oferecidos, além disso, a população não tem uma educação de qualidade que implique em um bom senso crítico e um comportamento em favor da sustentabilidade.
 A sociedade consome muito além daquilo que necessita. Dados mostram que desde os anos 80 a demanda da população mundial por recursos naturais é maior que a capacidade do planeta em renová-los. Outro estudo recente demonstra que consumimos 25% a mais dos recursos naturais que temos disponível. Esses dados mostram que a população não consegue pôr a sustentabilidade em prática e quão somos consumistas.
As pessoas precisam desde pequenas, entender a importância da sustentabilidade na cidadania. Uma educação de qualidade dada pelo governo permitirá que a população crie sua opinião crítica sobre os atos da sociedade perante o meio ambiente. Como conseqüências disso, estas pessoas terão noção de como ser sustentável e realizar práticas a favor disto. Uma pessoa que se acostumou à vida toda a não separar o lixo, por exemplo, após receber uma reeducação passará a entender a importância deste ato, e são esses pequenos atos de cidadania que contribuem para um futuro sustentável.
É essencial que a população use de forma consciente os recursos naturais que estão disponíveis, sem realizar um consumo exacerbado e gerar como conseqüência disso a poluição ambiental. É necessário também que o governo invista na educação, fazendo com que as pessoas revejam seus atos e pensem num futuro sustentável correlacionado com a cidadania”.    

O uso de produções de texto como agente motivador no ensino/apresendizagem de Biologia.



Mesmo depois da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, ocorrida de 13 a 22 de junho desse ano, a problemática que envolve produção industrial / crescimento econômico e preservação ambiental / erradicação da pobreza, ainda se mantém viva. Especialmente, porque estamos às voltas do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM e muitos professores acreditam que é bem provável que as discussões travadas nesse evento, possam se transformar em questões presentes tantos nos eixos cognitivos da prova, quanto na redação.
Além disso, se pararmos para observar um pouco mais coisas a nossa volta, perceberemos que nunca falamos tanto em questões ambientais como nos dias de hoje. Da TV às redes sociais, da escola à família e em todos os projetos políticos das campanhas públicas eleitorais que aí se encontra, não se fala em outra coisa a não ser em "Desenvolvimento Sustentável".
Veja bem, apesar de não parecer, mas isso é um ponto positivo, porque nunca na história desse país falamos tanto sobre esse tema. E quando digo “falamos”, quero dizer que essa discussão não é só um privilégio daqueles que compõem o âmbito educacional, mas de todos os segmentos da sociedade civil, sejam eles dos setores público, privado ou ainda de organizações não-governamentais.
Na verdade, é no exercício repetido das discussões que se elaboram políticas públicas mais coerentes com as necessidades e o bem-estar do povo, as quais passam a colocar em prática aquilo que já não da mais para ficar em segundo plano. Quer ver um bom exemplo disso?
Lecionei durante muito tempo na 5ª série (agora 6º Ano) e desde cedo pude observar que aquelas crianças falavam mais de meio ambiente do que qualquer candidato a um cargo eletivo do nosso país. Aliás, falavam tanto que quase nunca minha programação didática se completava da forma que havia planejado, antes das aulas. Tenho certeza que a maioria deles, hoje, não escova os dentes com a torneira aberta, coisa que nossos pais dificilmente fazem. Ou não é verdade?
 É essa geração renovada que aos poucos vem colocando em pauta discussões que até então eram deixadas de lado pelas gerações passadas. Ao contrário do que se fala do jovem de hoje em dia, eles têm sim conteúdo e podem contribuir e muito com a sociedade que aí está. Nós professores é que precisamos ajudar a modelar esse aluno, de modo que o mesmo perceba, agora, que a problemática ambiental vai além de fechar a “torneira”. Nela estão inseridos não somente aspectos ecológicos, mas também, sociais, econômicos, políticos e éticos (porque não?).
Essa redefinição é fundamental na hora de trabalhar os conteúdos em sala de aula, uma vez que além de proporcionar um êxito na seleção do vestibular, torna-o um ser pensante, capaz de refletir sobre as questões que lhe permeiam, bem como o fazem compreender a escola como uma instituição importante para a manutenção dos processos da cultura e da vida.
Pensando nisso, nessa unidade, a qual tratava de um assunto muito mecânico e tecnicista – Fotossíntese e Respiração Celular – realizei um pequeno trabalho de redação com os meus alunos, onde lhes pedi que construíssem um pequeno texto sobre a problemática colocada no evento da Rio+20: “Cidadania e Sustentabilidade: qual o futuro que queremos?”, partindo do princípio de que estes fenômenos agem de forma mútua e contribuem diretamente, no caso da fotossíntese, para a manutenção das taxas de carbono na atmosfera, controlando, assim, os processos de Efeito Estufa.
O resultado foi incrível! Primeiro, porque pude observar que mesmo no ensino médio, eles ainda precisam melhorar algumas questões ortográficas, que para nós (professores) já deveriam ter sido superadas. Demonstrando, assim, o quão árduo é o caminho que ainda temos pela frente.  

Segundo, e mais importante, nos textos produzidos pudemos encontrar um série dados e informações interessantíssimas que, por conta da correria do dia-a-dia, dificilmente teríamos tempo para ler a respeito. Sem sombra de dúvidas, eu também aprendi nesse processo, e é nessa redefinição que podemos começar a superar os obstáculos que se encontram no cotidiano das nossas escolas. 
Para demonstrar isso, gostaria de relatar na próxima postagem, na íntegra, a redação do aluno Rafael Rezende Rocha de Oliveira, 1º A do Alternativo Curso e Colégio, a qual deixa bem claro em suas palavras o quanto é importante estarmos sempre redefinindo o nosso jeito de ensinar e de aprender. Só assim, segundo ele, mudando a forma de pensar é que poderemos mudar a forma de agir. Ideia essa que com certeza ajudará a construir um mundo mais justo, fraterno e porque não sustentável.